viernes, 14 de enero de 2011

Su casa es casa de locos.....

Quando eu comecei a namorar o pai do Samuca ele me cantava uma música do Ricardo Arjona que diz : "Su casa es casa de locos y tu también otro poco." Tudo a ver mesmo. Não há como negar. Desde a minha bisavó que rendeu muitas histórias hilárias até os mais jovens, todo mundo tem um parafuso a menos.

Essa semana o Samuca conheceu o bisavô. Ele é espanhol e mora lá na maior parte do ano, mas fica aqui alguns meses nos aborrecendo prestigiando com a sua presença. Ano passado por conta de uma trombose ele não veio e por causa disso ele só conheceu o Samuel agora. A nossa rela ção n ão é lá muito carinhosa mesmo pq eu só conheci o cara com 22 anos e entre outras coisas ele já está muit o chatinho, um  pouco pela idade e outro pouco pela espanholice mesmo. ( Se alguém se sentiu ofendido, sorry, mas vcs n ão aguentam a pessoa). Mas de qualquer jeito acho muito legal o Samuca ter um bisavô ainda. 

Pra falar a verdade o Samuel não deu muita trela pra ele não. Fez mais a linha, "e aí? " e foi correndo brincar com a vó, essa sim a segunda paixão da sua vida. E ele também não tentou uma aproximação mais profunda. Ficou por isso mesmo. Um lá e o outro cá. 

Os meus avós são separados, desde 1900 e bolinha aliás acho que era desquitado naquela época. Hoje eles convivem nessa situação por temporadas. Mudeeernos né mesmo? Mas eles brigam mais que cão e gato. O coitado do homem não pode abrir a boca sem que a minha vó lhe lance um olhar matador ou uma metralhadora de reprimendas. E ele por sua vez, de tudo reclama. Pra quem está assistindo, no caso eu, é muito engraçado e eis que surge a seguinte situação. Eles precisam ir fazer comprar pq vão pro sítio. Eu estava de visita na casa e minha mãe adooora um super mercado. E eis que vamos todos fazer compra, 5 gerações tá bom?

Cada item era motivo para uma longa discussão. " Isso é muito." " Não é não. Você come isso numa sentada."  "É melhor deixar pra comprar isso lá." "Depois não tem e vc vai reclamar." " A gente não precisa disso." " Como não precisa? Você sempre come." " Isso vai estragar." " É só guardar na geladeira. Não tem geladeira não?"  Ah isso sem contar que minha vó morou muitos anos no Brasil e fala um idioma bem único, um portuspanglish que é só dela e as vezes nem nós entendemos. Ainda acho que o meu vô não responde todos os desaforos pq ele não entende oq ela tá dizendo .

Dá pra ter uma idéia que nós demoramos mais que o dobro de tempo no supermercado.  Perdemos  os pombinhos várias vezes e quando finalmente terminaram de fazer a compra eu já tinha ido sentar no carro com o Samuel. O supermercado é daqueles que não dão sacola. Só caixa. Em  vez de colocar tudo no porta-malas eles preferiram levar a caixa. Colocar a caixa no carro e colocar tudo na caixa. Na hora de sair ninguém aguentava carregar a caixa. Aí outra vez foram pegando coisa por coisa e levando pra casa. Uma atrapalhada só. Até que a mulher-maravilha, a minha vó, catou a caixa no muque e levou pra dentro.

Olha digno dos 3 patetas. Eu não pude ver o desfecho da história. Eles recolhendo tudo de novo pra levar pro sítio. Só sei que quando chegou lá. Eles não acharam metade das coisas que tinham comprado. Um xingou o outro, aquele amor. Ele diz que vai ficar até junho. Isso se ele aguentar ou se eles não se matarem antes. Falei pra minha vó que ia ver a manchete no jornal que dizia: "Casal de velhinhos degladiam até a morte por causa do saleiro." Ela falou que velhinha era a minha vó. Eu disse " Então viu, tá certo." Depois disso ela ainda não tá falando comigo.
 

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