O tal prepúcio ou Ooops I did it again!

E aí que eu já contei aqui que eu não me imaginava mãe de menino e blábláblá e que quando eu estava grávida eu tinha a certeza que ia ser menino e que hoje acho que essa opção foi infinitamente mais acertada e divertida. 

Sempre fui uma "girly girl" ou seja bem menininha sabe? Meu negócio sempre foi brincar de boneca, de casinha, escolinha. Os esportes nunca fora para mim. Me faltava interesse e habilidade (e também quem me convencesse que era divertido  correr ou esperar uma bola que viesse na minha direção sendo que eu nem a queria) sempre fui a pata que caía depois de 5 segundos de brincar de pega-pega porque tropeçava nos  próprios pés e saia chorando com o joelho ralado. Ser mãe de menina seria fácil e natural, ser mãe de menino esse sim é um desafio legal.

Sei que vou ter que aprender a jogar bola, ou melhor dar uns chutinhos de leve pra brincar com o Samuel (coisa que eu já faço), brincar de carrinho também já é uma realidade. Sou péssima e não tenho saco pra video-game, além de sofrer pra conseguir ligar os mais recentes, mas vou ter que aprender pra poder ajudá-lo. Já aceitei que vou ter que saber tudo sobre IronMan, Spiderman, Ben10 ou oque quer que seja a moda de super herói do momento, vou ter que ver o filme e vibrar com ele e muito provavelmente rever e rever e  vou adorar ver jogo de futebol  se ele jogar (papai reza todo dia). Mas me recusarei terminantemente a brincar de lutinha, afinal, sou menina. 

Enfim, todos esses aspectos do universo masculino, ainda que meio complicados fazem parte do dia a dia e eu vivi com o meu irmão então não eram assim um bicho de sete cabeças, mas tinha uma coisa que me atormentava durante a gravidez e ainda me atormenta HORRORES, a tal da pelinha que tem que empurrar pra baixo. Gente eu num sei como é que é isso não!!! No comecinho papai se encarregava, depois eu tive que fazer e achava que tava fazendo direito, não tava! Cumé que é isso? Tem que sangrar??  NUNCA entendi cumé que era esse negócio direito e sempre achava que eu tava machuncando, mas sempre que íamos no controle falavam que tava tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente, mas realmente...........NAO SEI NAO!!

 Atenção se voce é homem, sofre do coração ou não pode sofrer grandes emoções eu recomendo que não leia esse parágrafo( Se for homem já prepara o saquinho de gelo)

Até que numa noite fatídica quando o Samuel tinha 9 meses, tava lá eu, na hora do banho  empurrando a tal pelinha e o menino fez um malabarismo digno de Cirque du SOleil e eu só sei dizer que a pele foi toda. Agora foi! O menino gritava e se contorcia, ficou sem ar, chorava desesperadamente. Passou. Parou. Fez xixi, outra vez choro, contorção, falta de ar, gritos. Hospital. O Dr. de plantão segurando o riso mandou por gelo. Fazer oq?  Mãe idiota, deve ter pensado. Depois de uma noite regada a gritos e choros copiosos cada vez que o pobre tentava fazer xixi e uma mãe se sentindo o micróbio da merdinha dele, e ele foi melhorando e passou.

Lógico que  ele ficou traumatizado. Não deixava eu por a mão e eu também tava com medo de por (vai que eu estragava o negócio de vez). E fui esquecendo deixando o negócio de empurrar pra baixo pra lá pq eu na minha santa "ingnorancia" achava que já tava como tinha que ser. Eu limpo lá dentro todo dia vi!! Eu só não forcei mais. Essa semana eu comecei a analisar  e vi que a pele já tava grudada de novo. (De novo, pq???) 

E aí como dizia aquele velho deitado " Errar é humano, mas repetir é....."  a burra, destrambelhada não fez a mesma coisa???? Gente MI MATA!! Agora eu desisto! Quando sarar eu não mexo mais! Depois ele faz a operação. Eu pago! O psicólogo também!  Gente eu vou lá me jogar no Rio Tárcoles pra que os crocodilos me comam (muito mais concientemente ecológico que virar outro dejeto contaminado no Tietê) e já volto.

Agora me explica!!! Dona Mãe Natureza, a senhora é tão sábia, tão maravilhosa, tão perfeita, me desculpa, mas a senhora cometeu um grave erro nesse negócio!!!! Purque é que é que esse negócio já não nasce do jeito que tem que ser MEODEUSSS??? MI MATA, MI AJUDA!!!   Ninguém nunca me disse por quanto tempo tinha que fazer isso,  o pediatra não mandou fazer nada e também não li em nenhum lugar!

 E o pior, deixa encarregada de consertar o negócio, na maioria das vezes, uma  pessoa que praticamente não sabe manusear o aparelho, já que ela não possui um, teve muito poucos acessos a um e sempre com o dono do lado para explicar o funcionamento!Tô pensando em me converter ao judaísmo pra que o problema seja resolvido de uma vez por todas.

Quais as possiblidades do meu filho ficar traumatizado? Acho que já vou ir procurando o psicólogo desde já??