Será que os vampiros também sofrem com isso?

E aí que alegria de pobre mãe dura pouco né?! E eu nem bem pude comemorar o fato do meu pequeno estar dormindo mais, como direi, como uma pessoa normal e já apareceu um novo abacaxi bem espinhudo pra descascar.

Logo aprendi que diarréia e bundinha assada sem motivo aparente só tem uma razão de ser aqui e essa se chama dentes novo no pedaço. E eis que depois de escutar várias histórias sobre o tão famigerado nascimento dos caninos e tendo já passado pelo nascimento de outros vários dentes eu já tava me sentindo a mais experientes das mães nesse categoria com direito a dar de ombros e fazer cara de tô nem aí e siachando que já sabia como resolver qualquer probleminha que aparecesse nessa área. Mas lógicamente que eu tinha esquecido que quando  a gente resolve achar que já tá sabendo eis que aparece a rasteirinha  bem de leve ( não a de colocar no pé e andar no calçadão) só pra te lembrar que as lições estão apenas começando.

Pois bem, não é que os 4 caninos resolveram todos nascerem ao mesmo tempo!? O meu filho, que já tinha vocação para hábitos noturnos, agora já é um projeto de vampiro. Tô até pensando se não errei no nome e que devia ter colocado Edward Cullen. Eu, com todo o meu amor por VAMP que é a minha novela favorita EVER e que sempre  sonhei em encontrar um vampiro igualzinho ao Brad Pitt em "Entrevista com vampiro" pra chamar de meu já comecei analizar se pra virar vampiro a gente sofre de novo igual sofremos quando bebês e por via das dúvidas me vejo obrigada a desistir dessa fantasia vampiresca.

Se eles sofrem outra vez eu não descobri, mas posso lhes assegurar que o meu Samuca está praticamente sem pele nas suas partes baixas. Ele nunca teve febre por causa de dente, mas em compensação fica com uma desinteria ferrada que castiga a pele dele. Lavo direto com água pra nem usar os lecinhos porque acho que arde mais porque ele chora. Passo maizena, dou banho com maizena, mas a coisa tá tão forte dessa vez que  não tá sendo suficiente e o  coitadinho já ta andando igual um caubói. Pecado! E o festival de roupa pra lavar porque de repente nenhuma fralda resolveu querer absorver era o que faltava pra fazer uma mãe bater palmas e cantar Happy, Happy, Joy, Joy!!

Não consigo entender oque dente tem  pra fazer mudar o PH das caquinhas do pobre bebê mas eu garanto que muda viu. E quantos dentes faltam ainda depois desses mesmo? Mas é isso né, entre uma lavada de bundinha e uma milanesa de maizena eu vou ver se eu durmo, descanso, lavo roupa ou....sei lá, pensando bem, acho que vou continuar sonhando com o meu vampiro Brad Pitt mesmo...

Cachinhos

O Samuel nasceu bem cabeludo, aquele cabelinho pretinho, lisiiiiinho e fininho de bebê, sabe? Acho até que a maioria dos recém-nascidos tem o cabelinho desse jeito. 

No comecinho a gente achava que o cabelinho dele até pudesse ficar assim apesar de papai e mamãe terem o cabelo mais enrolado, ora a genética tem dessas coisas e a vovó e bisavó tem o cabelo bem lisão daqueles que não dá nem pra prender porque o elástico escorrega, então não era impossível. E por conta disso o papai não deixava ninguém nem chegar perto do cabelinho do pequeno.

O primeiro corte de cabelo foi aos 6 meses, bom  nem chegou a ser um corte, foi uma aparada nos fiapos mais compridos que ficavam pendurados parecendo aqueles senhores que penteiam de um lado da cabeça até o outro pra esconder a pouca telha no meio. 

Depois disso, o verdadeiro corte com direito a  salão infantil, diploma de primeiro corte e tudo veio só aos 10 meses. Mas mesmo assim o pai ainda não deixa cortar muito e sempre esperamos uns 3 meses entre cada corte. Apesar de todos os palpites e pitacos de todos os amigos e família dizendo que já tá na hora de cortar o cabelo.

Conforme ele foi crescendo eu comecei a ver as pontinhas do cabelinho insistirem em enrolar. Ao que parece a genética  de pai e mãe tinha sido mais determinante e o cabelinho dele ia mesmo ter cachinhos. E como o pai ainda achava que o menino era mais bonito com o cabelo compridinho dava pra acompanhar como ia mudando. 

E eis que hoje em dia o cabelo dele é muito parecido ao meu (Aleluia!! Alguma coisa tinha que ser minha nessa criança!!!) É liso na raiz e enrola nas pontas e pra minha tristeza, porque sei como sofro, com bastante volume como o meu também. Eu juro que eu penteio o rapaizinho, mas como ele não para quieto, não dá nem tempo de eu terminar e o cabelo dele já tá todo em pé outra vez. Ah e os rodamoinhos no meio da cabeça também não colaboram obviamente.

Só que agora, na época de chuva (são 7 meses direto), graças a umidade do ar eu observo que o meu filho sai de casa de um jeito e volta de outro. Sai com o cabelo liso e penteado, com as pontinhas pra cima meio enrolando e volta pra casa com o cabelo todo enrolado. Chega a ser engraçado! 

Eu só espero, que por ele ser menino, ele não se estresse muito com esse fato, caso contrário já o imagino me culpando, como eu fazia com minha mãe aliás, me dizendo que porque eu não podia ter feito ele com o cabelo igual o da avó! Mas acho que se até lá essa moda "emo" já tiver passado e ele não inventar de usar um franjão lambido na frente do olho vamos estar bem. Espero..... 

Era assim

Descabelado!!

E ele entende?

O Samuel é filho de mãe brasileira, pai colombiano e nascido na Costa Rica, portanto é um tico-brasileiro (tico é um apelido carinhoso e como se denominam os costa-riquenhos). Como se essa salada não fosse suficiente ele ainda é neto de venezuelana, bisneto de tica-americana e espanhol e os tios são de tudo quanto é lado da América Latina. Eu costumo dizer que o meu filho é um dezesseis avos qualquer coisa, um autêntico espécime de vira-lata.

Quem cresce na minha família tem uma grande vantagem e que também é uma desvantagem pra quem não cumpre com os requisitos: pra se comunicar tem que ser trilíngue. No mínimo, bem mínimo bilingue. Assim desde que ele nasceu ele é exposto constantemente ao português ao espanhol e também ao inglês com maior ênfase aos dois primeiros porque optamos por deixar esse terceiro pra ele aprender depois de falar, já na escolinha e tal. Tem que dar um desconto né!

O resultado de toda essa bagunça linguística é um bebê de quase 2 anos que fala muito pouco. Das poucas palavras que não são onomatopéias algumas são em português como vovó, outras são em espanhol como mamá e papá e outras são em samuelês como cuco (suco). Mas o que muita gente se pergunta é: "Mas ele entende?"

Os meus amigos e familiares ficam impressionados quando eu converso com ele  e logo dizem que  vão ter que aprender o idioma pra que o menino entenda. (Nope) E sempre, SEMPRE, fazem a mesma pergunta: "Nossa, mas ele entende o que você fala?" Quando fomos ao Brasil o inverso também aconteceu. Todos os amigos e familiares falavam que ele não entendia português porque ele só falava espanhol e a mesma pergunta sempre saia S-E-M-P-R-E " Ele entende o que a gente fala?"

Até um dos priminhos dele de 2 anos e meio, quando o Samuel passa os dias lá, fala pra mãe dele que não adianta nada ela falar assim com ele que  o Sammy não entende. Ele diz  pra mãe falar igual que a "Plala" (oi prazer, sou eu) e começa repetir o que ele entende que eu digo pro Samuel. Um show que só vendo.

Por conta disso o  mais incrível para todas as pessoas, e que sempre impressiona principalmente a avó paterna, é perceber que sim, ele entende. TUDINHO. E se ele decidi fazer de conta que não é com ele, é por pura sem-vergonhice e não por não entender.

Dia desses na casa da minha melhor amiga aqui,  todos os amigos reunidos, mulheres conversando na cozinha (porque sempre fazemos isso?) e o Samuel descobriu que o fogão tem um interruptor que acende uma luzinha. Eu falei pra ele apagar e deixar quieto. Ele como é muito educado obedeceu na primeira. (Sonho Meeeu), mas depois de ajoelhar olhar nos olhos dele e pedir pra não mexer (no melhor estilo SuperNanny) ele parou. Dar outra coisa pra ele brincar também ajudou hahaha. Tudo isso em bom e velho português o que levou a mais uma ronda de questionamento sobre ele entender e das meninas repetindo o que eu falei e dizer que elas iam aprender português com o Sammy também.

Depois de muitas risadas e minutos depois ele descobre o pano de prato pendurado no fogão. Joga no chão, deita em cima, faz que vai se cobrir e dormir e percebe que o paninho estava pendurado no puxador da porta do forno e ele não tem dúvida ele vai tentar abrir. A amiga, dona da casa, fala pra ele em bom e velho espanhol "No toque" e continua " Sammy, recoja el trapo del piso, por favor" e finaliza " Pongálo allá" mostrando o puxador. E o danado fez exatamento tudo o que lhe foi pedido. Ah e ainda apagou a luz do forno! E aí alguém tem alguma dúvida de que ele entende??

Blogagem Coletiva Mães Internacionais: Alimentação Infantil na Costa Rica

Hoje a proposta da blogagem coletiva das mães internacionais é falar um pouquinho de como é feita a introdução dos sólidos em cada país. 

De todos os temas que já escrevi esse é o que mais me dificulta já que eu não segui exatamente como é a coisa aqui e não convivo com muitas mães costa-riquenhas para falar com mais propriedade, mas vou tentar falar oque eu recebi como recomendação do pediatra e oque vejo no dia a dia.

Assim como manda a OMS os pediatras recomendam iniciar a introduzir alimentos somente depois dos 6 meses de idade. Eles recomendam iniciar com frutas sem misturar. Por pelo três dias seguidos para avaliar como o bebê reage. As primeiras frutas que eles recomendam são maçã, banana e mamão. E depois pouco a pouco você pode dar manga, melancia, melão mas nada que for ácido. Aqui eles seguem o modelo americano que não dá frutas ácidos até 1 ano então nada de suquinho de laranja lima.

Depois das frutas ou pouco tempo depois delas podemos começar com as verduras, batata, cenoura, abóbora, plátanos, praticamente todos os tubérculos do mesmo jeito uma de cada vez, três dias seguidos. E depois dos 7 ou 8  meses já podemos dar cereais (não do tigre pelo amor!) e grãos. Assim como, pão, tortilla(um must por aqui) e outros amidos. É nesse momento que se começa

com as carnes também.

Oque é recomendado esperar até 1 ano: ovos, leite de vaca e derivados, peixes e mariscos, açúcares, mel e as frutas ácidas que comentei acima.

No meu caso como o Samuca tinha refluxo eu fui aconselhada a começar com as frutas aos 4 meses. E nos ajudou muito. No quesito introdução eu fiz exatamente assim como mencionei, também pesquisei bastante na internet e assim achei que fosse a melhor forma. Já quando comecei a dar papas com variedades de verduras eu tentava diversificar bastante e não usar tanto amido como se come aqui. E usava tempero, nada de caldos prontos,  louro, cebola, alho, salsinha, etc. Pimenta e sal comecei a colocar depois, mas colocava um pouquinho.

Eles recomendam nunca liquidificar as papas e só amassar com o garfo ou passar pelo coador. Bom no início fiz assim, mas depois com as papas salgadas e mais cheias de coisas eu coloquei no liquidificador como mandou mamãe e me arrependo. Não faria outra vez, mas vivendo e aprendendo né?

Também esperei até 1 ano para dar os ácidos e derivados de leite mais ainda porque ele sempre foi meio intolerante a lactose. Além disso ele não digeria muito bem os grãos e tinha cólicas pavorosas depois de comer feijão, lentilha ou ervilha, coisas que só agora é que estou podendo oferecer pra ele.

A alimentação dos costa-riquenhos tem como base o nosso arroz e feijão de todos os dias e por esse lado eu me sinto em casa, mas eles comem muito amido com esse arroz e feijão, batata ou mandioca, plátano e a tortilla geralmente são servidos como acompanhamento.  Aqui em casa eu controlo mais e evito taaantas "harina" como dizem aqui.

Agora ele já come "de tudo" como se diz e faço o menú da casa mais pensando nele que nas nossas vontades. Com isso papai e mamãe passaram a comer mais saudavelmente também. Tento sempre oferecer coisas boas e o menos processadas, mas de vez em quando rola uma papinha pronta de fruta porque a salgada ele nunca comeu. Tento evitar ao máximo as coisas que não considero boas pra ele e nem compro. Mas se saímos ou ele come numa festinha eu não me preocupo tanto assim. Sem neuras. Mas refrigerante não!

E já sabem se vocês quiserem saber como rola a alimentação infantil em outros países corre lá no Mães Internacionais que eu vou correndo fazer o mesmo!

 

Desmamados!!!

Hoje fazem 15 dias que o Samuel oficialmente não toma leite no peito. Considero assim, a fase do desmame terminada. No total ele foi fiel, amante e apegado às mamas por exatamente 1 ano, 7 meses e 28 dias. Pois é, pode ser sacanagem mas não o deixei completar o 1 ano e 8 meses.

O processo foi longo, pensado e pesquisado. Não fiz ele largar o negócio de repente. E talvez graças  à isso acabou sendo muito mais tranquilo do que eu tinha antecipado. Digo talvez, porque acho que no fundo a coisa só fluiu porque ele estava já preparado para isso.

Comecei diminuindo as mamadas durante o dia, no more livre demanda, só tomava ao acordar, pra dormir de tarde e pra dormir de noite. Isso somado  à quantas vezes ele acordasse por noite. Também parei de dar fora de casa. Falava pra ele que mamar era só em casa e ele foi aceitando. No começo ele pedia, chorava, puxava a minha blusa mas eu arranjava outra atividade e ele se acalmava. Ficamos nesse ritmo por um tempo até ele se adaptar e também porque tinha começado na escolinha e achei melhor não bagunçar as coisas.

Depois de 1 mês tirei o da tarde, só ao acordar, antes de dormir e os das madrugadas permaneceram. Depois de duas semanas cortei também o da manhã que não fazia a menor falta realmente e eu só dava ainda por pura sem-vergonhice minha, já que essa mamada ao acordar me permitia ganhar uma meia horinha mais na cama. Duas semanas depois eu cortei também o da noite, ele só dormia no peito comigo, mas com qualquer outa pessoa ele dormia numa boa sem precisar de nada. Os da madrugadas foram os mais difíceis porque eu não tinha idéia de como fazer ele voltar a dormir sem peito já que ele  nem com peito dormia.

No final da segunda semana, eu fui viajar, minha intenção de viajar nada tinha que ver com terminar o desmame dele, mas considerei que ele já estava praticamente desmamado e que eu poderia ir, apesar de estar com medo de que o leite fosse empedrar já que eu não consigo extrair e ia estar longe dele. Então lá fui eu, no segundo dia o peito amanheceu muito cheio e tive que tirar com a mão mas nada muito grave e o Samuel ficou muito bem. Dormiu bem com o pai e mesmo levantando de madrugada voltou a dormir.

Quando voltei da viagem 3 dias depois considerei que se ele já tinha ficado esses dias sem mamar numa boa, não havia razão para continuar dando, e assim foi. De manhã quando ele acordou e me viu ele pediu, eu não dei, ele chorou, eu sentei com ele e expliquei que já não tinha mamá e que ele estava grande e que já não precisava tomar. Abracei, consolei e ele se acalmou. E desde então já não tomamos mamá aqui em casa.

Uma vez ou outra ele ainda lembra e pede, eu falo pra ele que não tem mais e tudo bem, ele continua com a vidinha dele. Eu ainda tenho leite depois de duas semanas, mas já não me incomoda. Ele, passou a dormir muito melhor. Desde que já não toma mais, as inúmeras acordadas durante a madrugada diminuiram muito e a hora de dormir também é tranquila, muito mais do que eu imaginava que seria.

Eu tinha muito medo de que esse fosse ser um processo traumático para ele e exaustivo para mim. Não foi. Hoje eu sei que era hora, tomei a decisão pensando em mim principalmente, porque já estava muito cansada e considero a amamentação um momento de amor e dedicação ao meu filho e isso já não estava sendo assim. Já passamos da média  em tempo de amamentação. Ele já está com  quase  dois anos e acho que cumpri a minha parte com relação à isso. 

Nesse momento eu me sinto muito feliz pelo resultado, pela maturidade que ele demostrou e que me surpreendeu e por ele estar dando um passo muito importante pra  independência dele. E mesmo sabendo que vou sentir muita falta, espero que isso ajude a diminuir um pouco do apego dele com a mamãe.   E com isso espero que ele tenha a certeza que mesmo sem mamar , sempre que ele precisar eu serei sua fonte de aconchego, carinho, segurança, amor e do que mais for necessário!

 

Dica imperdível

Meninas a página do Mães Internacionais tá promovendo um sorteio muito legal em homenagem à nós mulheres já que Maio tem dia das mães e é o mês das noivas. Para saber como participar e para saber quais sãos prêmios clique aqui. 

Ah todo mundo pode participar, marido, mãe, filho.....aproveitem e conheçam a página quem tem um montão de coisas legais!!!

A polêmica do tal Mamaço

Eu fiquei sabendo do que aconteceu no Itaú Cultural lendo o blog da Clarinha (meu menino tigre). Achei um absurdo que a mãe tivesse sido proibida de amamentar no espaço, achei legal a iniciativa de convocar mães pra protestar e pronto continuei a minha vida. Depois comecei a ver fotos das mães apoiando a causa na internet, também achei válido e até pensei em postar uma foto minha mas ocupada com outras questões pessoais por resolver atualmente não tava com cabeça para militância.

Vi a reportagem que saiu no site da globo(acho que no bom dia sp), li algumas notas porque sim eu apóio a  amamentação e queria saber oque se estava falando ao respeito, mas confesso que não tinha me animado a falar do tema, não tinha até que li a reportagem da folha sobre o Mamaço, ou mais especificamente os comentários das pessoas.

Entre os clássicos machistas de que as mulheres que protestavam eram desocupadas e que precisavam de um tanque chei de roupa pra lavar a analogia que urinar também é um ato natural e que ninguém faz isso em público ( será que não queridos homens?) que se repetiam por pessoas diferentes eu fui ficando triste. Talvez devesse ter ficado revoltada, mas só fiquei triste. Com a hipocresia das pessoas. Com o falso moralismo, com o machismo de homens e mulheres.

Sim haviam comentários a favor da iniciativa das mulheres e com argumentos muito bons e com mais fundamento do que aqueles contrários. Mas ao ver que as pessoas ainda tem tantos preconceitos e pudores e que sob a proteção da internet se sentem seguras em despejá-los assim desmedidamente eu só fiquei pensando que esse é o mundo em que estou criando o meu filho. Perdi, um pouco mais, minha fé na humanidade.

Muitas pessoas, na maioria mulheres reclamaram que pode sim amamentar em qualquer lugar, mas o que não pode é exibir o peito pra todo mundo. Levem um paninho, uma mantinha e se cubram, elas dizem. Gente eu também usava uma fralda pra cobrir o meu bebê. E se eu pudesse, eu evitava ao máximo me expor, mas tenta por uma fralda pra tapar um bebê de mais de 4 meses. Duvido que ele fique. Ele puxa o paninho, ele tira( pelo menos o meu era assim) e o que faz? Para de amamentar porque ele não aceita ser tapado(Ah e antes que digam, pra tampar o seio a mostra acaba-se tapando a cabecinha do bebe), sem nem mesmo ter 1 ano, ou nem mesmo 6 meses? 

Outros diziam pra tirar o leite com a bombinha e dar na mamadeira oque sabemos que não se recomenda porque o bebê pode deixar de amamentar por causa da mamadeira, em outros casos tirar o leite é muito difícil, eu nunca consegui e tinha muito leite.  Então qual é a solução?Ah já sei fica em casa trancada até o bebê ter idade suficiente para se comportar como um adulto, porque lugar de mulher é em casa mesmo, né não?

O que me indigna é que peito, bunda, mulher pelada em qualquer outdoor ou capa de revista exposta em qualquer banca de jornal(desculpa pai) onde  criança de qualquer idade tem acesso isso pode, ninguém vê nada de mais. Agora uma mulher tira o peito pra amamentar o filho e o que se vê é um pedacinho de pele nada mais  isso é atentado ao pudor, exibição?  Ou há algo errado conosco  como sociedade ou então precisamos rever nossos conceitos urgentemente!!!

PS: Segue a foto que eu nao tinha conseguido postar. Cara de cansada, descabelada no meu segundo dia em casa. E sem mostrar nada, pq esse nao é o objetivo.

 

Birras

Desde que nasceu o Samuel sempre foi birrento, marrento e nervosinho, já é normal dele e estamos acostumados. Chega até a ser engraçado muitas vezes, no entanto, a medida que ele vai se aproximando dos dois aninhos, a coisa tem piorado, e muito. 

Ele sempre fica nervoso quando tenta fazer alguma coisa e não consegue, ele se frustra muito, se joga no chão, joga longe o objeto em questão, até aí tudo bem, eu já sei que é assim e tento fazer ele se acalmar ou quando não tem jeito mesmo eu pego outra coisa pra ele fazer e tiro o tal do problema de cena e ás vezes resolve, ás vezes o único jeito é deixar ele chorar mesmo.

A frustração eu entendo e supero, mas o que tem me deixado chateada e sem paciência é a mal criação pura que com que ele tem agido. Ele grita quando a gente o repreende ou fala pra ele fazer alguma coisa que ele não quer. Um grito e um rugido, pois é, rugido parece um leão um touro sei lá.  Grita mesmo ou ruge quando não quer alguma coisa. Uma coisa muito feia que eu não sei de onde saiu.

Chorar, se jogar no chão, bater a cabeça tembém fazem parte do repertório. Mas agora ele começou a querer bater mesmo. Ele empurra, tenta bater, até chutar. Outro dia me deu um tapa na cara de propósito enquanto eu o colocava na cadeirinha do carro porque ele queria o livrinho que tinha caído e eu falei pra ele esperar enquanto eu terminava de colocá-lo e já pegava. Dei uma bronca nele e dei um tapinha na mão.  E depois fiquei pensando que como vou falar pra ele não bater na gente se eu tinha batido nele?

Eu não sou contra a palmadinha, fui criada com ela e não fiquei traumatizada, acho que ás vezes serve mais pra demonstrar uma consequência no caso do Samuel que ainda não entende uma conversa ou um castigo, mesmo assim eu não gosto e evito ao máximo. O que aconteceu aquele dia foi uma reação mais de reflexo do que uma atitude educadora pensada. Só que agora me encontro naquele dilema de todas as mães. Mais um.... Como agir diante das birras e dos gritos? 

Já tentei ignorar, sair de perto pra não dar atenção, já tentei recriminar e repreender, e também o tapinha, realmente nenhuma das alternativas deu nenhum resultado. Tenho lido algumas coisas a respeitoe também vejo a Supernanny mas ainda não tentei colocar ele pra sentar e pensar. Primeiro ele não vai ficar sentado e segundo porque let's face it, ele vai pensar em que, meu pai???

O negócio já tá pegando fogo aqui e ele ainda  nem tem dois anos. Sei que é fase e que como tudo vai passar mas ao  que parece esses terribles two serão mesmo bem terríveis aqui em casa. Por isso eu pergunto alguém tem alguma dica de como lidar com as tão temidas birras??

Com essa carinha nem dá pra acreditar né?

 

Nicaragua

Fronteira entrando na Nicaragua

Como eu comentei no post anterior, o meu  presente de dia das mães chegou antecipado. No fim de semana passado eu consegui uma folguinha do Samuel e do namorido e fui viajar com a minha cunhada. Fomos pra Nicaragua, pais vizinho, fronteira norte da Costa Rica, muito pobre e com problemas, mas que está tentado ser reconhecido como ponto turístico.

Saímos na 5a a noite e como fomos em onibus viajamos toda a noite. Tivemos que esperar muito na fronteira e por essa razão duramos umas 3 hrs só lá. Acabamos chegando no hotel na  6a na hora exata do check-in. Nos hospedamos no hotel Barceló Montelimar, hotel tudo incluído, a melhor parte.  O hotel é grande e bonito e tem potencial, mas o meu lado hoteleira não pode deixar passar as falhas no serviço e na manutenção, mas para o meu lado mãe-cansada-querendo-desestressar estava ótimo. A gente foi com um grupo do trabalho dela e esse foi o legal, já que todos se reuniam para falar besteira e beber (passatempo favorito do povo aqui). 

Vista do Hotel

Enquanto isso o meu pequeno grande Samuca ficou na 6a com a tia avó, já que papai tinha que trabalhar, e graças a Deus, ela foi só elogios. Disse que ele se portou muito bem, que não deu trabalho nenhum e que quando quisermos podemos deixar ele lá (UHUUUUU!) 

No fim de semana, o papai assumiu a posição e se saiu muito bem pelo que me contaram. Lógico que rolou muita porcaria e que o Samuca tirou a barriga da miséria esse fim de semana com a autorização do pai que lhe proporcionou algumas idas a esses restaurantes com M amarelos, pizzas e outras variações de fast food encontradas por aqui, mas nem falei nada, afinal que ele cuidasse do menino mais apegado a mãe que eu já vi, deixasse eu ir viajar sem ele e ainda cozinhasse comidinha saudável era um pedir um pouco demais.

Patio de uma casa em estilo colonial em Granada 

Eu passei o sábado todinho na piscina, tomando sol, tomando umas merecidas Piñas Coladas e as noites olha só que maravilha dormindo a noite toda sem interrupções. Não queria mais nada da vida. 

Domingo nós saímos cedo para visitar outros lugares antes de pegar o caminho de casa. A cidade de Granada é uma graça, estilo colonial e durante a noite deve ser uma delícia. Não fomos à capital e por isso o trecho mais urbano que vi foi mesmo a cidade que eu mencionei. Oque mais me impressionou infelizmente, foi a quantidade de lixo jogado por todo lado. Durante todo o trajeto a gente via muito lixo jogado na rua, como se não existisse coleta, como se fosse normal e natural as pessoas jogarem o seu lixo em qualquer lugar. Muito feio e para um país tentando atrair turismo, um ponto muito desfavorável.

Chegamos tarde, quase meia noite, e cheguei em casa ja era 2a, nem vi o bebe que estava dormindo, mas como mãe é boba mesmo, eu já estava morrendo de saudade e de vontade ver ele. Só o vi na manhã seguinte, ele resolveu me dar uma colher de chá e dormir essa noite toda, quando acordou chamou o papai e quando viu a mamãe fez cara de "ah, você voltou" bem diferente do sorrisão que eu esperava ver. Mas tudo bem, depois ele me deu muitos abraços e beijos pra compensar.

Voltei me sentindo renovada e recarregada. Pra qualquer mãe depois de 1 ano e tanto de ter tido um bebe, ou depois qualquer tempo, eu recomendo, estar com eles é maravilhoso, mas sair e ver as coisas de outra perspectiva, além de relaxar e desestressar, vale muito a pena e  faz um beeeeemmmm!

 

1 ano e 8 meses ou 20 meses ( já!!!!)

O lado bom de sumir é que quando a gente aparece tem muita novidade pra contar né?! Essas próximas duas semanas eu vou estar um pouco mais tranquila então espero ter mais tempo pra dedicar à esse cantinho. Tava com saudade.

Pois é e entre essas e outras o Samuca fez mais um mês de vida e muitas coisas novas aconteceram nesse mês mas duas merecem destaque: O Samuel já está quase que completamente desmamado, já estamos há 5 dias sem mamar mas ainda não considero o processo terminado, assim que for oficial dedicarei um post só pra isso. 

A outra é que depois de quase 20 meses de estar grudadinho comigo e só estarmos separados por algumas horas, nós passamos 3 dias separados. Eu ganhei uma carta de alforria do namorido por alguns dias que concordou em ficar com o baby  e fui viajar com a cunhada. Farei um post sobre a viagem em breve, mas o mais importante, para o tema do blog anyway é que o Samuel ficou muito bem.  Comeu bem, se comportou, não ficou chorando, ficou bem com o pai e até esqueceu de mim ( Snifff!). Quer mais prova de que o meu bebe está crescendo?

Ele está comendo um pouco melhor e o nosso problema de sempre, o sono, continua daquele jeito. Uns dias ele dorme, outros dias acorda de madrugada e dorme de novo, outros acorda e não dorme nem por providencia divina, mas enfim,  a coisa agora é ele se acostumar a dormir sem chupeitar, essa é a nossa batalha do momento. 

Tá se expressando muito melhor. Ele já pede muitas coisas como " Cuco ou cocô" ( Suco) e pede pra ir pra cozinha quando tá com fome. Sempre pede "atá" pra ir pra "lá" e aponta bem pra parte do corpo se algo o incomoda.

O seu "Aia" já está bem parecido a "hola". E fala sempre pras pessoas. Aprendeu a dizer "xixi" que ele fala "chichichi"  também é o mesmo som que ele usa pra "sim" palavra que ele repete mas não sabe usar realmente. 

Ele pede pão e bolacha com a mesma palavra: " pa" e também pede mais dizendo "ma". Vem aparecendo com novos sons e palavras que eu ainda não descifrei o significado. Se interessa bastante por livrinhos e quer pintar com o giz de cera. Tá quase dando beijo de verdade por que antes ele só encostava a boca no rosto da gente e fazia o som. Continua obcecado com sapatos e sempre quer escolher qual ele vai colocar. 

Cada dia ele me surpreende com algum gesto ou atitude que ele imita ou alguma coisa nova que ele reproduz. Tenho que admitir que essa fase tem sido a minha favorita até agora e apesar das birras e brigas eu sempre termino rindo com alguma coisa que ele faz e com demostrações de carinho que são bem frequentes.

20 meses....UAU, custo acreditar que já passou tudo isso!! 4 meses pra 2 aninhos?! Não é por acaso que todas as mães dizem que passa tão rápido..... 

Tão grande que até faz cara de leitura!!