jueves, 28 de abril de 2011

Semana Santa

Pois é, atrasada mas sempre tentando atualizar o cantinho. O feriado da Páscoa aqui na Costa Rica é esperado tanto quanto o carnaval, calma nao me crucifiquem ainda, O que eu quero dizer, é que aqui, esse é o maior feriado do ano, além do Natal e do Ano Novo, e todo mundo espera e planeja desesperadamente. As escolas fecham a semana inteira e algumas empresas também dao férias aos funcionários, ou muitos pedem 3 dias de férias (2a, 3a e 4a) e aproveitam o feriadao de 1 semana para viajar com a família e o destino mais popular é, como nao poderia deixar de ser, a praia. E aí viram como parece a nossa relacao com o feriado do carnaval?

Aqui em casa comecamos complicados, já que papai e mamae tinham que trabalhar até 4a e bebe nao teria escolinha nenhum dia da semana. Por sorte a vovó nao trabalha na 2a e a abuelita foi uma dessas pessoas que pediram os dias e aí o Samuca foi turnando entre as avós. Pra minha surpresa ele ficou super bem com as duas, comeu bem, brincou e nao deu trabalho nenhum. (foi o que elas falaram)

Na 5a de manhazinha reunimos a galera e fomos para o sítio da minha vó. O problema é que a minha vó tinha concordado em que levássemos 10 pessoas e quando eu percebi, já eramos 20 e ela tava quase tendo um xilique de ver toda aquela gentaida nas suas terras. Confesso que eu nao tava nem um pouco a fim de ir, ando tao cansada que tudo o que eu queria era que o namorido levasse o pequeno enquanto eu ficava em casa sozinha sem fazer nada, também tava meio preocupada em como ia ser, tava apostando que ia dar rolo e ia sobrar pra mim. 

Ainda bem que eu estava errada e tudo foi muito mais tranquilo do que eu esperava, sem dramas e confusoes, bom, talvez um pouquinho porque familia reunida sempre dá nisso. Mas de uma coisa eu tava certa feriado com filho pequeno nao é igual a descanso NEVER !! Mas que mae descansa nao é mesmo?

O Samuel curtiu muito a piscina, a natureza, ter espaco pra correr, brincar, os primos, os amiguinhos. Ele se divertiu muito, comeu como nunca, até me assustei tamanho a apetite do garoto. Continuou ignorando qualquer pessoa e só querendo, exigindo e suportando estar com a mae. Oque realmente me deixa muito cansada.... E voltou resfriado. Agora estamos aqui, com um mega blaster nariz escorrendo e tosse, rouquidao, o pacote de férias completo.

Mas no final, apesar de cansada, fiquei feliz de ter ido. E agora minha gente, voltamos realidade, com mais preguica e mais devagar que antes até pegar o ritmo de novo. Tava tao bom..... o jeito é esperar o próximo feriado...alguém tem um calendário aí??
Descansando

Meu pequeno barranquillero

martes, 19 de abril de 2011

Blogagem Coletiva Mães Internacionais: A Amamentação na Costa Rica

Sim eu ando meio sumida, mas eu não podia deixar de participar de um assunto tão importante pra mim e seguramente um dos mais polêmicos na maternidade. Eu mesma, fui uma bezerrinha amamentada até quase os 2 anos. Quando eu me descobri grávida eu tinha duas certezas: Queria parto normal e iria amamentar. O primeiro não consegui, o segundo passou a ser uma questão de honra e claro que depois de superadas algumas dificuldades eu consegui, amamento o Samuel até hoje (já estamos em processo de desmame) e poderia doar leite para uns 2 bebês mais tamanha a produção. Mas como tudo na maternidade, nem tudo são flores e a coisa não é tão fácil e simples como se imagina.

Aqui na Costa Rica foi criado em 2009 uma Política Pública de Lactação Materna, o que determina que a amamentação materna é parte da saúde pública e que tanto as mães como as intituições de saúde, assim como os empregadores têm deveres e direitos a ser cumpridos. Essa política segue, na medida do possível as diretrizes recomendades pela OMS e pela Unicef entre outras organizações. Estabelece a amamentação como norma biológica e por tanto deve ser apoiada e incentivada exclusivamente até os 6 meses e como complemento até os 2 anos. Também estabelece que médicos, postos de saúdes, clínicas particulares e outros não devem promover a alimentação artificial, bem como o uso de chupetas e mamadeiras e também que as mães devem ter direito a informação através de clínicas guias, postos de saúde e funcionários de saúde. 

O código do trabalho estipula que uma mãe em fase de lactação não pode ser despedida (se considera apenas um período de 3 meses após o parto)e que as funcionárias devem ter um espaço apropriado para a amamentação no local de trabalho. E tem direito a 1 hora e meia durante o horário de trabalho destinado a amamentar que pode ser dividido em 45 minutos de manhã e de tarde ou pode ser distribuidos da forma que a funcionária e o empregador concordarem.

Essa é a teoria, na prática nem sempre é assim. Na Costa Rica 96% dos bebês são alimentados com leite materna só ao nascer, o número cai pra 53% aos 3 meses e aos seis meses  apenas 18% ainda recebem leite materna. A maioria das empresas não disponibilizam um espaço pra que a mãe possa amamentar e ir pra casa amamentar ou levar o bebê ao local de trabalho para que seja amamentado é inviável.


A informação ainda é muito escassa,  durante todo o curso de parto esperei informação  e apenas falaram sobre a forma correta de posicionar o bebê e pomadas para rachaduras. Em nenhum momento no entanto, ensinaram os exercícios para proteger a pele do bico e para bicos invertidos tão importantes para evitar as rachaduras (eu mesma quase não tive graças a eles) ou como fazer ordenha manual. Quase tudo o que eu aprendi sobre a amamentação foi  com a minha mãe ou através da internet. Não há campanha como nós vemos no Brasil por exemplo e entre as mães a crença de que o leite materno é fraco e não sustenta ainda é muito forte. 

No hospital, na sala de pós parto, se recebe uma pequena explicação de uma enfermeira encarregada de como deve ser a amamentação, forma correta de colocar o bebê e elas ajudam rapidamente àquelas mães que estiverem tendo maiores problema. Mas é só. Uma amiga que teve um bebê há 2 meses me contou que agora duram quase 1hora falando as vantagens, ensinando, convencendo as mulheres de que o leite não é fraco e que todas temos leite e todas produzimos. Tanto que essa amiga, mãe de outros dois alimentados com leite artificial voltou super empolgada e disposta a amamentar. Achei isso uma ótima novidade, já que se conseguiram transformar a forma de pensar dela, estão conseguindo o objetivo. Quando eu tive o Samuel eles recomendavam a livre demanda (foi oque eu fiz), agora parece que recomendam uma rotina  de 3 em 3 horas.

Outro ponto positivo é a chamada Clínica de Lactação. Lá, um médico especialista ensina as mães de bebês com dificuldade para amamentar. Infelizmente, ninguém sabe que existe eu mesma só conheci porque o Samuel tinha dificuldade e perdeu muito peso na primeira semana e na primeira consulta de controle a médica me mandou pra lá. Eles ensinam a forma correta, verificam se o bebê sabe sugar e ensinam a estimular a sucção em caso de que ele não saiba, ensinam a translactação às mães de bebês que ficaram internados e receberam o leite por sonda e que nào pegam o peito. Enfim. é uma ótima proposta muito pouco aproveitada e apoiada já que a tal clínica fica numa salinha de 1m² e quase ninguém sabe nem onde fica. O médico, um visionário  foi ao Brasil conhecer os Bancos de Leite e sonha em  implantá-los por  aqui, ainda não conseguiu.

Para concluir, apesar de incentivada a amamentação, de ser a melhor opção para o bebê, de conhecidos os benefícios, a amamentação ainda é muito pouco acreditada por parte das mulheres. Muitas desistem diante dos percalços no caminho. Não, não é nada simples e fácil como a gente imagina. Dói, é cansativo porque só a mãe pode fazer, ás vezes incomodo, se o peito fica muito cheio ou vaza, mas para mim sempre foi a única opção e apesar de já estar cansada depois de 1 ano e 7 meses eu me orgulho do Samuel ter sido amamentado prolongadamente e faria de novo. 

O leite materno é sim a melhor escolha, é infinitamente mais barato, e sim alimenta e enche a barriga do bebê. Ele só tomou leite materno e depois que aprendeu a tomar direitinho ele engordava até mais do recomendado ás vezes. Ah e pras mamães preocupadas com emagrecer o peso da gravidez, nada melhor que amamentar, eu mesma comia muuuuito e ainda emagreci uns 10 quilos só amamentando. 

Enfim, espero ter contribuído e aclarado alguns pontos sobre o tema. E se alguém me perguntar eu sempre vou recomendar a amamentação. Dê uma chance à natureza, ela sabe das coisas, afinal não é por nada que somos mamíferos não é mesmo???

Se você quiser saber mais sobre outras experiências com a amamentação e/ou como funciona em outros países visite o site  Mães Internacionais.


* Fontes: Ley N° 7430 FOMENTO DE LA LACTANCIA MATERNA, http://www.ministeriodesalud.go.cr,Periódico La Nación.

jueves, 14 de abril de 2011

Dia na praia

Vamos combinar que  nem só de trabalho e de cuidar de filho e casa que a gente vive certo? E como segunda era feriado nessa terra e como mais uma vez nossos planos de conhecer o Caribe Costa-Riquenho foram adiados por motivos alheios a nossa vontade, resolvemos enfiar as tralhas no carro e no maior estilo farofa em Santos, fomos passar o dia em Jacó. A praia mais pertinha aqui da cidade e point de surfistas.

Saimos cedinho (ok, nem tão cedo) e no caminho passamos pelo Rio Tárcoles onde vivem muitos crocodilos. Eu sempre quis ver e dessa vez paramos. O Samuel ficou no carro com o pai porque a ponte é meio perigosa e ele é meio louco e achei melhor evitar. Cada bichão enorme!!! Do lado esquerdo da ponte tinham mais de 15 tomando solzinho no maior sossego! Medinho! Chegamos na praia lá pelas 10, quase 11 da manhã (hora do melhor sol pra um bebê, né ?abafa!) Papi e Samuel logo correram com todos os brinquedinhos de areia que o  ganhou no Natal e só agora conseguiu estrear para a beira do mar e lá ficaram, escavando, rastelando, rolando na areia, comendo areia, fazendo anjinho de areia, enfim, se jogando na experiência bife à milanesa. 

Pausa: Eu preciso aclarar que eu sou uma perfeita paulistana que passava os verões em Santos ou na Praia Grande ( quando me convidavam lóóógeco pq eu não tinha casa) e como todos adorava o clima de praia, mas tudo isso com um muito insignificante detalhe: EU ODEIOOOOOOO AREIA!!! Tenho fobia a ficar cheia de areia, a passar protetor e fazer esfoliação de quebra, areia perto do olho, enfim angustia e desespero total.Despausa.

Vocês podem imaginar o meu desespero ao ver o meu bebê lindo, cuti-cuti da mamãe no melhor estilo Nuggets de Peixe?? HEin? Hein? Numa hora surtei, queria colocar o bebê pra deitar, tudo cheio de areia, o bebê derrubou a gárrafa de água na areia, comeu com as mãos sujas de areia, ou seja, comeu mais areia eu xinguei o marido, xinguei o bebê e só queria ficar numa redoma de vidro tentando pensar pensamentos felizes e sem areia.

Depois tomei umazinha e fiquei legal me acalmei para não pagar de louca e fui lá sentar com o pequeno que a essa altura já tinha voltado a brincar na beirinha e gritar: "Água, água !"e ficamos lá com o pequeno conversando, rindo, todos na beira da praia sentados. Praia deserta, só nossa, de vez em quando passava uma ou outra pessoa, como só aqui se vê!

 Mamãe preocupada que sou, besuntei o menino com litros de bloqueador a cada tempinho, agora pergunta pra mim se eu lembrei de passar bloqueador na mãe ou no  pai do bebê? Seguintche: como eu já tinha queimado o ombro protegi super bem a parte de cima e quem me vê nem diz que me queimei, mas quem olha a minha perna, barriga e canela, choraaaa....de rir!! Tá muito vermelha! Nossa e as costas do marido então?? Negligência total!!!

E o melhor de tudo é que não há uma única foto pra contar a história da farra na praia e sabe porquê? Porque todas as camaras, celulares e aparelhos afins tomadores de foto estavam no carro e ninguém tinha coragem de sair da beirinha do mar refrescante com a sua cervejinha pra andar na areia quente e ir até o carro e pegar os dito-cujos!!!! Pode me xingar Goooo!! Mas o melhor, melhor mesmo foi que o Samuel estava tão, mas tão cansado que desmaiou como nuuuunca!!!

Crocodilos no rio Tárcoles
Praia Jacó

* Ambas fotos tiradas do google pra vcs imaginarem oq eu to falando! kkkk
 

miércoles, 13 de abril de 2011

Cabo de guerra

Enfim, as duas últimas semanas foram muito puxadas, fiquei doente as duas semanas, tenho uma dor de cabeça constante e perpétua desde terça passada e o serviço da minha porção dona-de-casa se acumulou como nunca. Affe! Sai zica!!! Por outro lado, apesar de resfriado o SAmuca está bem.

Nunca fiquei uma semana sem escrever desde que comecei o blog  mas nada têm sido normal ultimamente e assim temos que nos adaptar. O jeito é aproveitar a manhã preguiçosa e o bebê resfriado dormindo  para dar uma atualizada no meu cantinho que anda tão abandonado.

 Que mãe nunca se sentiu brincando de cabo de guerra com os filhos? ( Levanta a mão aEEEEEE) Pois é nos últimos tempos eu me sinto assim eu puxo pra lá e ele puxa pra cá, eu faço força de um lado e ele faz do outro. O Samuel ainda está longe dos tão temidos "terribles two" e eu sei que ele está na fase de testar límites porque eu recebi o boletim do Baby Center tenho lido, mas genioso como ele é, já to achando que o negócio vai ser complicado por aqui.

Ele outra vez tá ruim pra comer. Fase - eu repito pra mim mesma, logo ele volta a comer de novo, sem crise. Mas todo mundo sabe que se o filho não come a mãe não se sente bem e aí estou eu, tento dar brincando, nada, tento dar vendo TV, nada, tento obrigar, ele cospe. No vai e vem da corda.....ele puxa mais forte e eu perco o equilíbrio e caio, ele fica sem comer já que já não consigo enfiar a colherada entre dentes que fecham a passagem, mãos que bloqueiam o caminho e empurram a colher e língua que expulsa oq com muito esforço vai parar lá dentro.

E as disputas continuam, cada vez que eu falo pra deixar alguma coisa quieta ele faz quest
ão de continuar mexendo, hora do banho que hora tão feliz, água gelada já de tanto que ele brincou e se eu falo vamos sair ele deita na água de barriga pra baixo como se fosse mergulhar e olha pra minha cara  como quem diz que vai curtir um pouco mais. E assim vamos puxando de um lado e pro outro da corda tentando descobrir quem pode mais. Ele incansável ou a mãe que por enquanto ainda é mais forte.  

E agora, enquanto escrevo esse post, acabo de pensar que essa brincadeira realmente nunca aca ba não é? Vamos continuar com o puxa-puxa por todas as fases dele, o único que vai mudar são os motivos pelos quais nos confrontamos (ou não). E assim, concluo que é melhor eu aproveitar os minutinhos que ainda me sobram pra ir trabalhar o muque e ficar bem forte pra conseguir puxar e trazê-lo pro meu lado da corda sempre e sempre.

Treinando com os amiguinhos da escola





viernes, 1 de abril de 2011

1 ano e 7 meses

Parabéns para mim, digo pra ele, digo pra mim mesmo. Samuca fez mais um mesinho de vida e a novidade é que ele é oficialmente um estudante, com uniforme e tudo oq tem direito. Sucede que  tinha acabado os uniformes da escolinha, de modo que ele não tinha, mas agora ele já está arrasando no seu modelito colegial-alvi-vermelho.

Pronto pra escolinha!



Confesso que a primeira vista achei legal e tals, ele não ia estragar as roupitchas dele, agora tô meio em dúvida por que desde que ele começou a ir de uniforme ele têm voltado mais encardido que nunca. Será que agora as tias ou "niñas" como as chamam aqui deixam ele  rolar na terra agora só porque tá de uniforme? E como tem que ir de uniforme, acabo tendo que lavar no meio da semana porque só dura um dia de uso mesmo. E pra piorar o vermelho intenso  e brilhante da roupa desbota brilhante e intensamente e tenho que fazer até macumba pra que a parte branca não fique rosada ( e já até ficou em algumas partezinhas).Mas o importante é que ele fica lindo!

Como eu já dei um update das novidades e gracinhas do Samuca no post passado, não viu ainda? Corre lá que eu espero!  Então vou poupar-lhes de toda a minha babação de mãe coruja pra falar só essa: o Sammy está super adaptado e feliz na escolinha. Levo ele e ele fica lá tranquilo sem chorar e espernear. Na segunda semana ele parecia cachorro que vai pro veterinário e sai pra passear feliz e empaca na esquina do veterinário quando descobre o seu verdadeiro destino. Chegava na frente, do outro lado da rua e enquanto eu  esperava para atravessar ele empacava, gritava chorarava, uma cena, mas agora, quanta diferença!! Ele vê a moça que o leva pra salinha dos babys e já abre um sorriso e solta gritinhos emocionados. 

Inclusive na quarta que eu estava doente pedi pra um amigo nosso o favor de levá-lo porque eu não conseguia e ele foi numa boa, não soltou um pio. Fiquei impressionada! Poucos dias atrás ele ia ter ido gritando Mamáaaaa daqui até lá! 

Ai, cada dia mais meu bebê deixa de ser bebê e vira um menininho lindo e esperto. Chuif! Vou lá enxugar umas lágriminhas!!!